FMI esclarece o papel do Bitcoin nas contas globais
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Especulações recentes de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) rotulou o Bitcoin (CRYPTO:BTC) como “ouro digital” em seu Manual de Balanço de Pagamentos atualizado (BPM7) foram descartadas como uma interpretação errônea.
Embora o FMI reconheça o papel do Bitcoin como um reserva de valor, suas diretrizes categorizam o BTC como um “ativo não financeiro não produzido” semelhante a propriedade ou commodities, e não como uma reserva monetária.
Alegações nas mídias sociais, incluindo as do defensor do Bitcoin Max Keiser, sugeriam que o FMI havia endossado o BTC como “ouro digital” e planejava incluí-lo em sua cesta de Direitos Especiais de Saque (SDR).
No entanto, a formulação do manual BPM7—descrevendo criptoativos como “projetados para serem usados como meio de pagamento ou como reserva de valor”—foi mal interpretada como um endosso oficial.
Dennis Porter, CEO do Satoshi Act Fund, chamou a interpretação de “um grande exagero,” observando o foco do FMI em rastrear fluxos de criptoativos entre fronteiras, em vez de elevar o BTC a um status semelhante ao ouro.
O manual BPM7 trata o Bitcoin como um ativo não financeiro, distinto de moedas tradicionais ou instrumentos financeiros.
Ressalta a fungibilidade do BTC, afirmando que “um Bitcoin é igual a qualquer outro Bitcoin e pode ser dividido em partes iguais,” mas evita comparações com metais preciosos.
As diretrizes, em vez disso, visam padronizar como as transações de criptomoedas são registradas em contas internacionais, agrupando BTC ao lado de stablecoins e NFTs como ativos que requerem rastreamento preciso.
Apesar da posição neutra do FMI, a menção ao Bitcoin no relatório—cinco vezes—destacou sua crescente relevância nas discussões econômicas globais.
Porter reconheceu a aceitação do FMI dos papéis pretendidos das criptos, mas enfatizou que a classificação do BTC como um ativo não financeiro reflete sua posição única fora dos frameworks monetários tradicionais.
As diretrizes atualizadas do FMI destacam esforços para melhorar a transparência nas transações de criptomoedas entre fronteiras, alinhando-se com tendências regulatórias mais amplas.
Embora o manual não endosse o Bitcoin como uma reserva monetária, sinaliza uma mudança em direção a tratar ativos descentralizados como entidades econômicas distintas, merecedoras de práticas contábeis padronizadas.
No momento da reportagem, o preço do Bitcoin (BTC) era de $87.326,41.