Bolívia e El Salvador assinam acordo de $47 milhões para promover a adoção de criptomoedas

Cryptocurrencies

A Bolívia firmou um acordo com El Salvador para acelerar a adoção de criptomoedas como uma alternativa às moedas fiduciárias tradicionais em meio a seus desafios econômicos em curso.

O Banco Central da Bolívia descreveu a cripto como uma “alternativa viável e confiável” em um memorando de entendimento assinado com a Comissão Nacional de Ativos Digitais de El Salvador.

A parceria foca na colaboração no desenvolvimento de políticas e na partilha de ferramentas de inteligência de cripto destinadas a modernizar o sistema financeiro da Bolívia.

Esta iniciativa também pretende melhorar a inclusão financeira para famílias e pequenos empreendedores, de acordo com o Banco Central da Bolívia.

El Salvador, o primeiro país a tornar o Bitcoin (CRYPTO:BTC) moeda legal, oferece à Bolívia insights sobre as questões econômicas e regulatórias que pode enfrentar ao expandir o uso de cripto.

O acordo, assinado pelo presidente em exercício do Banco Central da Bolívia, Edwin Rojas Ulo, e pelo presidente da CNAD de El Salvador, Juan Carlos Reyes García, entrou em vigor imediatamente sem data de término definida.

Desde que suspendeu sua longa proibição de cripto em junho de 2024, a Bolívia viu os volumes de negociação de cripto subirem significativamente.

Nos últimos três meses, a negociação teve uma média de US$ 15,6 milhões por mês, o dobro da média dos 18 meses anteriores.

Em 30 de junho, o volume total de cripto na Bolívia alcançou aproximadamente US$ 294 milhões.

A empresa estatal de petróleo e gás da Bolívia recentemente recebeu aprovação para aceitar cripto para importações de combustível, abordando a escassez de dólares americanos e as dificuldades de importação do país.

As reservas de câmbio da nação reduziram drasticamente de US$ 12,7 bilhões em julho de 2014 para apenas US$ 165 milhões em abril de 2025, intensificando a instabilidade da moeda.

Alguns comerciantes bolivianos começaram a precificar produtos na stablecoin USDT, refletindo uma maior dependência de cripto para enfrentar a instabilidade cambial.

Embora o boliviano boliviano continue sendo a moeda dominante, preocupações com seu poder de compra em declínio levaram muitos a preferirem o dólar americano ou criptomoedas.

O acordo ocorre antes da eleição geral da Bolívia marcada para 17 de agosto, com um possível segundo turno em outubro, caso o vencedor não seja decidido no primeiro turno.

No momento da reportagem, o preço do BTC era de $118.664.